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Foto do escritorInes Rioto

As 40 melhores pequenas cidades para envelhecer



São Paulo – Símbolo de tranquilidade e qualidade de vida para alguns, as pequenas cidades se consagraram nos imaginário popular como o ambiente mais propício para se aproveitar a terceira idade. Com o aumento da expectativa de vida da população, a tendência é que locais com essas características entrem no radar dos brasileiros que estão em busca de uma vida mais plena durante a velhice.


Das 348 cidades brasileiras que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes, 40 se destacam por oferecer boas condições de vida para a pessoas com mais de 60 anos. É o que revela o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade, elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon em parceria com a FGV.


Os municípios foram classificados segundo sete variáveis: Indicadores Gerais; Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Educação e Trabalho e Cultura e Engajamento, que receberam pesos com base nas principais necessidades da população na terceira idade.


O clima também foi levado em conta para a finalização do ranking, que tirou pontos dos municípios de acordo com a frequência com que eles apresentam dias com altas temperaturas, chuvas intensas ou baixa umidade.


Essas cidades também foram avaliadas segundo classificações específicas – com diferentes pesos para cada variável – com foco na parcela com idade entre 60 e 75 anos e para população acima dessa faixa.

“O aumento da participação de idosos exige estratégias diferentes na formação de políticas públicas”, afirma Antônio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.


No entanto, ele lembra que os idosos não são os únicos beneficiados por esse tipo de programa. “Tornar as cidades mais acessíveis e bem providas de recursos traz benefícios gerais e é, inclusive, um fator de atração de investimentos”.


São João da Boa Vista, a melhor entre as pequenas

Com 88 mil habitantes, a cidade de São João da Boa Vista (SP) é a melhor para a população acima dos 60 anos.


Os principais fatores para isso, segundo o estudo, são as baixas ocorrências de mortes por armas de fogo e o número de estabelecimentos com atendimento ambulatorial – segundo a Prefeitura, existem 13 unidades de saúde distribuídas pelos bairros, além de outros dois hospitais e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).


O município ocupa ainda a 50º posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e, segundo um estudo conjunto entre a FGV e a Financial Times, aparece em 6º lugar entre as melhores microrregiões paulistas em questão de Saúde.


Mas há alguns aspectos que ainda exigem atenção dos gestores públicos tal qual o elevado número de mortes por acidentes de trânsito. “Estamos considerando contratar a equipe de uma universidade para elaborar um estudo sobre mobilidade urbana”, afirma Vanderlei (PMDB), prefeito da cidade.

Além disso, em parceria com o governo estadual, o município está construindo um centro para acolher idosos em situação de vulnerabilidade social cujas famílias não tenham condições de oferecer cuidados durante o dia ou parte dele.


Texto orginal na revista Exame



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