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Diálogos da Longevidade com Andrea Prates e Alexandre kalache. Bradesco Seguros - UNIBES

Foto do escritor: Ines RiotoInes Rioto

A médica Andrea Prates, especialista em geriatra e gerontologia, deu algumas dicas do que podemos fazer no dia a dia para viver mais de maneira ativa, como alguns dos exemplos que ela mostrou ao público –do roqueiro Mick Jagger, 76 anos ao Papa Francisco, 82 anos.

“A primeira coisa que devemos fazer pra viver uma vida longeva é nos despir dos preconceitos, que fazem a gente deixar de aproveitar recursos e conhecimentos”, disse à plateia. “A gente precisa se livrar do paradoxo de querer viver muito, mas não envelhecer.”

“A gente precisa se preparar hoje para cuidar dos pilares importantes da vida: o social, a saúde, o financeiro e, por fim, se desafiar, a todo momento, a nunca perder o gosto pelo aprendizado.”

Dra. Thais Jorge

Ela ressaltou a importância de entendermos, ao longo da vida, quais são os efeitos do tempo no nosso corpo e na nossa mente. “Temos uma base genética que sofre interferências do estilo de vida. As alterações nas células nos predispõem à maior incidência de doenças crônicas. Ou seja, cada pessoa vai fazer a sua construção.”

Para Andrea, as dicas básicas para ter uma boa longevidade são ter uma alimentação equilibrada, uma vida fisicamente ativa, evitar o abuso de álcool, não fumar e ter boas noites de sono. “Dormir de sete a nove horas previne a obesidade, o diabetes e preserva a cognição”, disse.

Levar a vida na boa também é um fator positivo. “Seguir leve significa se livrar dos excessos de peso, de álcool, de fumo e de bagagem emocional, como as mágoas e os ressentimentos, senão essa jornada se torna mais penosa”, apontou. “É preciso aceitar a passagem do tempo e ter uma atitude positiva, manter o bom humor. E ter empatia para desenvolver relacionamento afetivos significativos, que são fundamentais.”

Essa vida, porém, nem sempre está acessível a todos. “Viver mais de forma saudável é possível, mas um privilégio de poucas pessoas. A desigualdade social é enorme e tem impacto nas doenças crônicas.”

Ao introduzir o debate, o gerontólogo Alexandre Kalache ponderou que, ao longo da vida, promover a saúde é muito mais eficaz do que se limitar a evitar doenças. “Muitas vezes a gente fala de saúde e pensa na relação entre médico e paciente, quando na verdade a gente cuida da saúde no contexto do dia a dia.”

Thais concordou com ele, acrescentando que hoje existem mais pessoas e iniciativas voltadas para mudanças no cotidiano das pessoas, como o treinamento Porteiro Amigo do Idoso e o Circuito da Longevidade, ações da Bradesco Seguros.

“É preciso aceitar a passagem do tempo e ter uma atitude positiva, manter o bom humor. E ter empatia para desenvolver relacionamento afetivos significativos.”

Dra. Andrea Prates

“Estamos mais maduros nessa discussão, evoluímos como sociedade. O Circuito é uma maneira de promover a saúde e engajar as pessoas em atividades que tragam bem-estar físico e emocional, e o Porteiro Amigo do Idoso prepara as pessoas para a convivência com os idosos”, completou.

Kalache aproveitou o ensejo para falar um pouco dos Prêmios Longevidade Bradesco Seguros, que estão recebendo até o dia 6 de setembro inscrições de trabalhos e de pesquisas sobre o tema, nas categorias Jornalismo, Histórias de Vida e Pesquisa (saiba mais aqui). Afinal, boas ideias serão essenciais para reinventar a nossa própria longevidade. “Viver mais tempo no Brasil traz desafios. É preciso pensar no futuro hoje”, afirmou Thais


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