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Foto do escritorInes Rioto

Estamos preparados para a longevidade? Seminário com especialistas discute os desafios do envelhecim


Kalache, e o seu mantra: Quanto mais cedo, melhor, mas nunca é tarde demais. “Não se cuidou aos 20? Começa aos 30. Não se cuidou aos 30, começa aos 50. Não foi aos 50, começa aos 80.

“A vida era uma corrida de cem metros. Agora, é uma maratona”. A tal maratona está prestes a transformar o Brasil, um país obcecado pela juventude e pela beleza, numa nação de idosos.

Eles estão na categoria “prioridade da prioridade”. Ganharam preferência na fila preferencial. Agora, os octogenários querem ganhar seu lugar ao sol. Trocaram as cadeiras de balanço pelas dos cinemas e teatros. As bengalas pelos smartphones. E o pó de arroz deu lugar ao protetor solar. De acordo com o IBGE, no estado do Rio há 305 mil pessoas com 80 anos ou mais. Em São Paulo, 668 mil. E em todo o país, chegam a 3 milhões.

“O envelhecimento populacional é irreversível. Em 2060, teremos 58 milhões de idosos. E isso impacta na saúde, na previdência social, mas pouco se fala dos cuidados com essas pessoas. Não apenas quanto à vida saudável, mas também da interação social”, diz Antonio Tadeu, pesquisador do IBGE.


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